Banco Mundial, Ministério da Integração Nacional (MI), Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e Governo do Estado do Ceará realizam, nos dias 28, 29 e 30 de outubro o “Seminário sobre Secas, Impactos e Respostas – Uma Análise da Seca de 2012-2013 no Nordeste e Contribuições para uma Política Nacional sobre Secas”. O evento acontece no Auditório Waldyr Diogo, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e reunirá representantes do Governo Federal e dos estados nordestinos para uma discussão multissetorial dos efeitos e da convivência com a estiagem.
O Nordeste brasileiro vem enfrentando, desde 2012, uma das secas mais severas dos últimos 50 anos, com enormes impactos econômicos, sociais e ambientais. A sociedade e o governo, ou os governos, vêm reagindo através de diversas formas, buscando minorar os impactos e melhorar a convivência com a adversidade.
Segundo Antônio Rocha Magalhães, assessor do CGEE, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com as mudanças climáticas, as secas podem tornar-se ainda mais frequentes e severas. “Com este Seminário, busca-se documentar a seca de 2012-2013, discutir a experiência do Nordeste e de outros lugares do mundo no enfrentamento de secas e extrair lições que possam ser úteis para melhorar a convivência e aumentar a resiliência do Nordeste ao fenômeno, promovendo melhor adaptação às variações atuais e futuras do clima”, explica.
Política Nacional
Outro objetivo relevante do evento é avançar em aspectos importantes para a consolidação de uma política nacional sobre secas, sob a liderança do Ministério da Integração Nacional, com o apoio de outras instituições nacionais e internacionais. Assim, estarão reunidos no Seminário sobre Secas, Impactos e Respostas tomadores de decisão em áreas diversas como agricultura, pecuária, meio ambiente, recursos hídricos, meteorologia, defesa civil, pesca, energia, ciência e tecnologia.
Para Meiry Sakamoto, assessora técnica da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) além do planejamento em longo prazo para a convivência com o problema da seca, o encontro também deve orientar ações imediatas. “Estamos vivenciando um ciclo severo de seca e ainda é prematuro falarmos em previsão para a estação chuvosa de 2014. Dessa forma, um evento como este tem grande relevância para que os governos, agentes públicos e sociedade civil compreendam a real situação do Nordeste para que seja traçado um planejamento de ações visando diminuir os impactos dessa estiagem e de um possível prolongamento dela”.